O Partido Progressista (PP) anunciou, nesta quarta-feira (25), apoio à candidatura da presidência da República Dilma Rousseff (PT), que vai concorrer à reeleição. A decisão acabou sendo tomada pela Executiva nacional do partido em reunião no gabinete do senador Ciro Nogueira (PI), presidente da legenda, e não em convenção, com todos os dirigentes. Isso porque houve tumulto na convenção nacional da sigla — um grupo se manifestou contra o apoio à petista.
De acordo com Ciro Nogueira, a maioria quer apoiar Dilma e, dos 27 diretórios do PP, apenas os de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul se posicionaram contra a aliança. No entanto, pepistas insatisfeitos com a decisão estudam contestá-la na Justiça.
Na convenção, realizada antes da reunião no gabinete, um grupo liderado pela senadora Ana Amélia, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, e pelo governador de Minas Gerais, Alberto Coelho, apresentou moção para que o PP ficasse neutro na disputa presidencial deste ano. Isto é: o grupo queria que o partido não apoiasse nenhum candidato. Com isso, o tempo de propaganda no rádio e na TV da sigla seria dividido entre os próprios candidatos.
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No evento, o presidente do PP, Ciro Nogueira, não quis colocar a moção em votação. Mas ele colocou, em votação simbólica, uma resolução que previa que a palavra final sobre a aliança com Dilma fosse transferida para a Executiva Nacional.
Em meio a gritos e vaias, Ciro Nogueira declarou que a resolução tinha sido aprovada e encerrou a convenção. Daí a reunião no gabinete. De qualquer forma, ficou definido que os diretórios estaduais estão liberados para formar alianças de acordo com circunstâncias locais, independentemente da aliança em nível nacional.
Juntos, PSD e PP darão cerca de dois minutos e 40 segundos à propaganda de rádio e TV da campanha de reeleição da petista. O PSD também confirmou hoje o apoio a Dilma.
PublicidadeAfastamento
O PP chegou a ensaiar um afastamento do governo no início deste ano, ao se aproximar de um grupo de parlamentares liderado pelo PMDB que havia decidido votar contra projetos defendidos pelo Palácio do Planalto devido à insatisfação com o Executivo. Eles se queixavam da representatividade que tinham dentro do governo e da falta de liberação de emendas.
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