A proposta também poderá conter outras ações preventivas com o intuito de evitar episódios como o de ontem, quando manifestantes favoráveis à votação da PEC 300 – que cria piso nacional para policiais e bombeiros – e manifestantes contrários e favoráveis aos vetos do projeto do Ato Médico invadiram o plenário da Câmara.
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O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), defendeu maior controle do trânsito de pessoas dentro da Câmara. Ele apresentou ao colégio de líderes proposta de restringir o número de pessoas que transitam em cada espaço da Câmara. Bueno quer também que, ao entrar na Casa, o cidadão só possa ir para o local previamente autorizado. “Todo Parlamento do mundo tem regras assim”, disse.
Lobistas
Ele defendeu ainda restrições de acesso ao plenário e ao Salão Verde da Câmara, que, na sua visão, devem ser abertos apenas para parlamentares, assessores e imprensa credenciada. As visitas de cidadãos, pela sua proposta, ocorreriam apenas em horários determinados.
“Hoje há lobistas dentro do plenário te pressionando para votar. O parlamentar tem que ter tranquilidade para votar”, disse. “Aqui não é lugar de manifestação. Lugar de manifestação é nos gramados, fora da Câmara”, acrescentou.
PublicidadeO líder do PT, deputado José Guimarães (CE), também defendeu o que chamou de “regulamentação dos espaços públicos” da Casa. “Deve haver controle rigoroso do acesso à Câmara, principalmente ao Plenário”, destacou. “Não pode haver vaias em Plenário. Não pode ter 800 pessoas no Salão Verde”.
Apuração de responsabilidades
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a invasão de ontem é lamentável e não pode se repetir, sob pena de desmoralização do Parlamento. “Não aconteceu nem na época da ditadura”, ressaltou.
Segundo Chinaglia, o colégio de líderes, que volta a se reunir na terça-feira (27), quer a apuração de responsabilidades, inclusive de deputados, em relação à invasão do Plenário. Além disso, conforme ele, a Câmara deve estudar um reforço de seu serviço de inteligência, que identifica, por exemplo, a possibilidade de manifestações ocorrerem.