Depois de uma ocupação que durou entre 11h e 19h desta terça-feira (11) na Mesa Diretora do plenário, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), conseguiu dar início à sessão de votação do projeto de lei que altera diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), promovendo a reforma trabalhista patrocinada pelo governo Temer. Durante todo o dia, o clima de tensão foi a regra na Casa, com muito bate-boca, protestos oposicionistas, reação governista e um impasse de sete horas. Superado o imbróglio, Eunício já anunciou o início da votação, abrindo a rodada de discursos contra e a favor da matéria.
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As senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) deram início à ocupação da Mesa pouco depois das 11h, e foram ameaçadas de representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. Os oposicionistas não aceitaram os termos da última votação da matéria antes da sanção presidencial. Uma das demandas era a apreciação de destaques à matéria, individualmente, o que atrasaria a deliberação – contrariando, consequentemente, os interesses do governo, que pretende acelerar a aprovação do texto para dar uma demonstração de força em um momento de grave crise política e ameaça à própria manutenção de Temer na Presidência da República.
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Além das três mencionadas, outras senadoras se revezaram no ato de protesto contra a reforma, que altera diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e modifica a histórica relação entre capital e força de trabalho no Brasil. Entre as senadoras que engrossaram o ato das colegas estão Ângela Portela (PDT-RR), Kátia Abreu (PMDB-TO), Regina Souza (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA), acompanhadas em relação ao mérito da matéria por senadores como Lindbergh Farias (RJ), líder do PT, Humberto Costa (PT-PE) e Paulo Paim (PT-RS).
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