Nos bastidores, acredita-se que a dispensa de Deborah da função deve-se ao fato de ela ter publicamente discordado de Gurgel em dois pontos. O primeiro foi na sessão de quarta-feira (5) do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a discussão do projeto que dificulta a criação de partidos políticos, ela fez uma sustenção oral contradizendo parecer de Gurgel.
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Durante sustentação oral, Deborah disse que não trataria do mérito, mas que não poderia de deixar de falar sobre a tramitação da proposta. “Infelizmente, hoje estou na posição de estar em posição contrária do procurador-geral”, disse. A então vice-procuradora ainda afirmou estar “bastante preocupada” com a possibilidade de o STF manter a liminar que suspendeu a tramitação do projeto dos partidos no Senado.
“Essa posição do Legislativo [de votar o texto] não pode ser vista como afronta a uma decisão do STF. Sem entrar no mérito, não há nenhuma razão que justifique o controle de constitucionalidade deste projeto nesta fase”, afirmou. No dia seguinte, ela se posicionou favoravelmente à promulgação pelo Congresso de quatro novos tribunais regionais federais. Gurgel não quis dar declarações sobre o tema por achar que ainda pode ser tema de uma ação judicial.
Duprat está na lista tríplice para substituir Gurgel daqui a dois meses no comando do Ministério Público da União (MPU). Ela foi a terceira mais votada na consulta feita no Ministério Público Federal (MPF) e a mais lembrada no Ministério Público do Trabalho (MPT). A escolha do novo procurador-geral da República está nas mãos da presidenta Dilma Rousseff.
Com informações da Agência Brasil
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