Até então pouco conhecida no cenário nacional, a família Picciani ganhou notoriedade a partir do final do ano passado, quando se aproximou da presidente Dilma Rousseff, endossando o movimento contra o impeachment. Apesar disso, nas eleições de 2014 o clã esteve unido na campanha do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) pela Presidência da República e trabalhou para a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Câmara, no início de 2015. A despeito da versatilidade, o patriarca Jorge Picciani afirma que “o fundamental é manter a coerência. Nossa posição sobre o impeachment não vai mudar”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A entrada do clã Picciani na política começou com o pai, Jorge Picciani. Aos 60 anos, o atual presidente do PMDB-RJ e da Assembleia Legislativa já foi eleito seis vezes deputado estadual. Leonardo, 36, está no quarto mandato como deputado federal, Rafael é deputado estadual licenciado para ocupar a secretaria de Transportes da capital fluminense. Felipe, 34, administra os negócios da família e o caçula Arthur nasceu em 2011.
Ao longo dessa trajetória, o patrimônio da família evoluiu de uma pequena fazenda em Rio das Flores (RJ) para um conglomerado pecuário especializado em genética bovina. Em 2011 os Picciani passaram a investir também no setor de mineração. De acordo com a declaração de bens de 2014 dos três políticos à Justiça eleitoral, o patrimônio da família somava R$ 27,431 milhões.
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Considerando o apoio do clã Picciani, do governador Luiz Fernando Pezão e do prefeito, Eduardo Paes, o diretório estadual do PMDB do Rio de Janeiro passou a representar o principal ponto de apoio de Dilma no partido.