Mesmo com os apelos da comunidade internacional para um cessar-fogo, Israel entrou no segundo dia de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Hoje (28) jatos israelenses bombardearam cerca de 40 túneis ao sul da localidade.
O governo de Israel afirma que os túneis eram usados para contrabandear armas armas ao território palestino. Já os habitantes da Faixa de Gaza retrucam dizendo que eles eram usados para trazer suprimentos do Egito.
Além dos túneis, a força aérea atacou também o quartel-general das forças de segurança do Hamas, a sede de um canal de tv do grupo islâmico e uma mesquita. Em resposta, militantes palestinos dispararam foguetes contra a cidade de Netivot, que resultou na morte de um israelense.
Até o momento, médicos palestinos dizem que os ataques, iniciados no sábado (27) deixaram um saldo de pelo menos 282 mortes e mais de 900 feridos.
"Sucesso"
A ministra do Exterior israelense, Tzipi Livni disse, segundo a BBC Brasil, que a operação de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza "tem sido um sucesso". Segundo a ministra, Israel pretende mudar a "realidade em Gaza e libertar permanentemente os israelenses dos foguetes lançados contra o país durante quatro anos".
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Por conta dos ataques, palestinos violaram a cerca que marca a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito em diversos pontos e centenas cruzaram para solo egípcio, levando guardas e fronteira a abrir fogo. Um oficial das forças de segurança egípcias disse às agências internacionais de notícia que houve pelo menos quatro brechas abertas ao longo dos 14 km da cerca, e que centenas de moradores de Gaza passaram por esse locais.
Outra conseqüência dos ataques é a suspensão das negociações de paz da Síria com Israel, que vinham sendo mediadas pela Turquia. A informação foi confirmada por uma autoridade síria à agência Associated Press. Israel e Síria mantiveram quatro rodadas de negociações indiretas na Turquia, depois que as conversas de paz foram lançadas em maio. os encontros não voltaram a ocorrer desde que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, anunciou, meses atrás, sua intenção de deixar o cargo. (Mário Coelho)