Mário Coelho
Os estudantes que ocupam o plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal desde a tarde de quarta-feira (2) decidiram, no fim da manhã deste sábado (5), permanecer acampados no local. A definição ocorreu em assembleia dos manifestantes. Ontem (4), a Câmara conseguiu, no Tribunal de Justiça do DF (TJDF), liminar garantindo a reintegração de posse do plenário. Mesmo com a decisão judicial, os manifestantes resolveram não sair e continuar com as manifestações.
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O presidente em exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT), fará uma reunião de emergência com os integrantes da Mesa Diretora para definir como a Casa vai atuar no episódio. Apesar de ter a liminar garantindo a reintegração de posse, o petista precisa autorizar a entrada da Polícia Militar na sede do Legislativo distrital, caso os estudantes não saiam pacificamente.
Ontem, em entrevista coletiva, Patrício, de acordo com a Agência Brasil, foi taxativo ao dizer que a sessão plenária prevista para a próxima terça-feira (8) será realizada. O principal argumento de Patrício é que os pedidos de impeachment contra Arruda e as investigações de deputados distritais que teriam recebido dinheiro para apoiar o governo Arruda não podem ficar paradas por conta do protesto.
“Vamos realizar a sessão ordinária de terça-feira de qualquer maneira”, afirmou Patrício aos jornalistas, após reunião com um grupo que ocupou a Câmara. “A sociedade não pode ficar refém da corrupção e nem de um movimento”. Os manifestantes afirmam que irão resistir até que Arruda peça demissão. Ele é suspeito em investigação da Polícia Federal de liderar um esquema de pagamento de propina a deputados distritais em troca de apoio político.
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