Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Odebrecht, explicou o repasse de dinheiro a outros partidos da coligação para bancar “compromissos que o PT tinha com outras legendas”. De acordo com Alexandrino, a definição do repasse foi realizada pelo então tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, Edinho Silva.
Na ocasião, Edinho chegou a pedir o repasse de R$ 7 milhões para cada partido indicado por ele: PCdoB, PROS e PRB. Os três foram pagos por meio de Alexandrino, que relatou ainda que este valor seria para a compra de tempo de TV dos partidos da base aliada.
Outros dois partidos, o PDT e o PP, também receberam o apoio do PT por meio da empreiteira, mas o pagamento teria sido realizado por outros operadores. De acordo com Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira Odebrecht, o total pago aos cinco partidos foi de R$ 27 milhões.
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Marcelo e Alexandrino, bem como outros ex-executivos da empreiteira, falaram ao tribunal na ação que pode levar à cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014.
O relator da ação no TSE, ministro Herman Benjamin, encaminhou aos demais ministros da Corte um relatório parcial do processo, que está em sigilo e foi revelado na tarde desta quinta-feira (23) pelo site O Antagonista.
De acordo com Marcelo Odebrecht, “a campanha presidencial de 2014 foi inventada”, por ele , que diz não ter se envolvido na maior parte das demais campanhas. Conforme depoimento do delator, R$ 150 milhões foram colocados à disposição para a campanha de Dilma.
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