O ministro da Justiça, Tarso Genro, confirmou ontem ao jornal O Estado de S. Paulo a indicação do pesquisador paraense Márcio Meira, de 43 anos, para a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai). Meira deve tomar posse hoje, substituindo o antropólogo Mércio Pereira Gomes. Será o 32.º presidente da instituição criada há 39 anos.
O trabalho de Márcio Meira é mais conhecido na área cultural. Ele presidiu a Fundação Cultural de Belém, dirigiu o Arquivo Público Paraense e foi um dos responsáveis pela revitalização do Mercado Ver-o-Peso, na capital do Pará. Já entre os indigenistas, o antropólogo não é muito popular. "Não conheço seu trabalho. Espero que ele saiba ouvir os movimentos indígenas para saber quais são suas reais necessidades", disse Joenia Apixana, uma das diretoras do Conselho Indigenista de Roraima, a O Estado.
Funcionário do Museu Emilio Göeldi, de Belém, Meira é formado em história, com mestrado em antropologia. Filiado ao PT desde 1983, participou da preparação de programas culturais para o plano de governo do presidente Lula nas eleições de 2002. Em 2003, foi indicado pelo partido para ocupar a Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura – foi demitido do cargo no início deste ano, contra a vontade do PT.
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