Rodolfo Torres
Ainda esta semana, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, deixará a Casa Civil para se lançar de vez na candidatura à Presidência da República nas eleições de outubro. Como ato final no governo, Dilma reuniu hoje (29) pela manhã o próprio presidente Lula, os principais ministros, governadores e prefeitos, inclusive da oposição, para lançar um novo programa que prevê investimentos da ordem de R$ 1,59 trilhão.
Apesar da presença de alguns manifestantes, o megaevento funcionou como mais um ato de campanha de Dilma, no mesmo lugar onde, no dia 10 de abril, o governador de São Paulo, José Serra, lançará a sua candidatura à Presidência da Reública, o auditório do espaço Brasil 21, no centro de Brasília.
Preparada para impulsionar a candidatura de Dilma Roussef à Presidência, a segunda etapa do PAC terá seis áreas principiais, com forte apelo social, característica que não estava presente na primeira versão do PAC: Cidade Melhor; Comunidade Cidadã; Minha Casa, Minha Vida; Água e Luz para Todos; Transportes e Energia.
O programa prevê um total de investimentos de R$ 958,9 bilhões no período de 2011 a 2014. Segundo documento divulgado pelo governo nesta segunda-feira, após 2014 os investimentos chegariam a R$ 631,6 bilhões, elevando o total do PAC-2 para R$ 1,59 trilhão.
“O PAC é o maior projeto estratégico feito no Brasil e está mudando o jeito de planejar e executar os investimentos. Assim como na primeira etapa do programa, o principal objetivo (do PAC-2) é aumentar o ritmo da economia, combinando esse aumento com geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social”, destacou o governo no documento.
Participaram do lançamento do PAC 2 os governadores tucanos Teotônio Vilela (Alagoas) e José de Anchieta Júnior (Roraima); a governadora Wilma de Faria (Rio Grande do Norte), do PSB; Jaques Wagner (Bahia), Ana Júlia Carepa (Pará), do PT; Eduardo Campos (Pernambuco) e Cid Gomes (Ceará), do PSB; Alcides Rodrigues (Goiás), do PP; Blairo Maggi (Mato Grosso), do PR; José Maranhão (Paraíba) e Eduardo Braga (Amazonas), do PMDB. os prefeito tucano de Ponta Grossa (PR), Pedro Wosgrau Filho, e o de Manaus (AM), Amazonino Mendes, do PTB, também marcaram presença.
Dos ministros, estavam Franklin Martins (Comunicação Social), Henrique Meirelles (Banco Central), Marcio Fortes (Cidades), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Luiz Eduardo Barreto (Turismo), Orlando Silva (Esporte), Paulo Bernardo (Planejamento), Edson Lobão (Minas e Energia), Miguel Jorge (Desenvolvimento), José Gomes Temporão (Saúde), Patrus Ananias (Ação Social), José Pimentel (Previdência), Carlos Luppi (Trabalho), Fernando Haddad (Educação), Alfredo Nascimento (Transportes), Guido Mantega (Fazenda), Celso Amorim (Relações Exteriores), Nelson Jobim (Defesa), Luiz Paulo Barreto (Justiça).
O programa
Lançado nesta segunda-feira (29), a nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, prevê investir investimentos de 1,59 trilhão. Numa primeira fase, de 2010 até 2014, os investimentos serão da ordem de R$ 958,9 bilhões. Após essa fase, o governo estima outros R$ 631,6 bilhões de investimento.
A maior parte dos investimentos está na área de energia elétrica. Até 2014, o setor deve receber R$ 465 bilhões. Outros R$ 627 bilhões serão aplicados após esse período.
O programa também prevê a construção de 2 milhões de casas populares até 2014. Apenas o programa Minha Casa, Minha Vida deve receber R$ 71,7 bilhões. Serão 1,2 milhões de casas apenas para famílias com renda de até R$ 1.395.
Ainda existe a previsão de o governo aplicar R$ 30,5 bilhões para transformação de favelas em casas populares. Outros R$ 176 bilhões serão para financiamento habitacional, construção, compra e reforma de imóveis.
Atualmente, o governo estima que o PAC conta com aproximadamente 40% de suas ações concluídas. Ainda segundo o Executivo, R$ 403,8 bilhões já foram investidos em obras de infraestrutura, saneamento e habitações.
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