“Se falha houve, foi de não interpretar a dimensão do movimento. Como é um movimento disforme e não necessariamente vem do mesmo lugar, não há o mesmo espaço de concentração, essas novas organizações por redes sociais são, por si só, espontâneas, alguns chamam de anárquicas, no bom sentido. Então, nesse sentido, não seria possível a polícia dimensionar exatamente qual seria a dimensão desse protesto”, afirmou o petista em entrevista coletiva.
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André Vargas é o presidente em exercício da Câmara, já que Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) está em viagem oficial à Rússia. O petista se reuniu com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), solicitando reforço na segurança da Casa. Antes da entrevista, emitiu nota destacando que as manifestações são legítimas e que sua preocupação é “garantir a segurança dos manifestantes, dos servidores e do patrimônio público”.
“É uma pauta legítima. Vamos tentar identificar, buscar uma interlocução, uma forma de relação, corrigir, eventualmente, aquilo que for crítico do movimento, mas, ao mesmo, tempo, não podemos permitir que haja vandalismo invasão de prédio público”, ressaltou.
Por sua vez, a comandante da PM-DF, coronel Hilda Ferreira, afirmou que não houve erro da PM no episódio e que a corporação atuou para garantir a segurança dos manifestantes e a integridade do patrimônio público. Para a Polícia Legislativa, a PM deveria ter segurado a manifestação no gramado do Congresso, sem permitir a chegada à entrada principal. “Não houve erro porque eles têm o direito de chegar até ali”, explicou.
Íntegra da nota de André Vargas
“O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, deputado André Vargas, está reunido com o governador Agnelo Queiroz, comandante em chefe da Polícia do Distrito Federal. O deputado chegou a Brasília após o início das manifestações e, neste momento, encontra-se no gabinete do governador acompanhando os acontecimentos no Congresso Nacional.
O presidente entende ser legítima toda forma de manifestação democrática. No entanto, sua maior preocupação é garantir a segurança dos manifestantes, dos servidores e do patrimônio público. Para tanto, solicitou ao governador o aumento do efetivo policial par evitar possível depredação do Palácio do Congresso Nacional, no que foi prontamente atendido.
Neste instante, o prédio encontra-se protegido pela força policial, o que tem dissuadido qualquer tipo de invasão. Ainda que não se tenha identificado qualquer líder ou interlocutor, bem como suas reivindicações, o presidente acredita no bom senso dos manifestantes no sentido de que a manifestação termine de forma pacífica.
Deputado André VargasPresidente da Câmara dos Deputados, em exercício“
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