A Câmara aprovou nesta quarta-feira (21) a indicação da deputada Ana Arraes (PSB-PE) para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). O nome dela, que ainda precisa passar pelo crivo do Senado, recebeu 222 votos dos colegas de Casa. O segundo mais votado foi o deputado Aldo Rebelo (PC-doB-SP), com 149 votos. “Eu vou ter uma grande honra de exercer essa função pública”, disse a deputada em entrevista logo após a votação.
Inicialmente, estavam inscritos nove candidatos. Três desistiram da eleição no meio do caminho. Jovair Arantes (PTB-GO), Sérgio Brito (PSC-BA) e Vilson Covatti (PP-RS) abandonaram o pleito. Além de Ana Arraes e Aldo Rebelo, foram votados os deputados Átila Lins (PMDB-AM), com 47 votos, Damião Feliciano (PDT-PB), com 33 votos, e Milton Monti (PR-SP), com 30 votos. Em último ficou o auditor fiscal Rosendo Severo, indicado pelo PPS, com 10 votos.
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A deputada Ana Arraes tem 64 anos e é filha de Miguel Arraes, três vezes governador de Pernambuco, que morreu em 2005. Atualmente, ela está na segunda legislatura na Câmara dos Deputados e é titular da Comissão de Defesa do Consumidor e vice-líder de bloco parlamentar. Ana é mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Ele esteve em Brasília na semana passada fazendo campanha para a mãe. A candidatura também teve o apoio do ex-presidente Lula.
Com a saída de Ana Arraes, assume a vaga como titular o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), que atualmente já exerce o mandato na condição de suplente. Ao passar para a titularidade, Paulo Rubem deixa vaga para o terceiro suplente, Severino de Souza Silva (PSB-PE). “Foi um trabalho feito por muita gente. Todos os deputados e deputadas se empenharam nesta eleição, fizemos uma grande corrente. Tivemos uma votação grande”, analisou a deputada.
O nome de Ana Arraes ainda precisa ser confirmado pelo Senado, o que deve acontecer na próxima semana. Diferentemente do que foi informado aqui inicialmente, ela será a segunda mulher a integrar o TCU. Élvia Lordello Castello Branco foi ministra entre 1987 e 1985 e presidiu a Casa em 1994. A deputada ocupará o lugar de Ubiratan Aguiar, que já se aposentou. Em coletiva, a deputada disse que o seu papel será de zelar pelo dinheiro público, especialmente durante os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. “Temos que evitar julgamentos precipitados. É necessário que a gente seja imparcial, mas é preciso que a gente ouça todos os argumentos”, afirmou.