O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu hoje (24) que as negociações entre a Petrobras e o governo da Bolívia não fiquem "escravas" de prazos fixados pelo decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos. O decreto prevê que as empresas petrolíferas que atuam na Bolívia assinem novos contratos até o próximo sábado (28) ou deixem de atuar em solo boliviano.
"O Brasil não está pedindo a prorrogação do prazo. O que o Brasil está dizendo é que o importante é ter uma boa negociação e que não devemos ficar escravos de um prazo", declarou o ministro.
Celso Amorim também disse que o Brasil se opõe a "decisões unilaterais" e que é contra "represálias" e "ameaças". No entanto, o ministro admitiu que a Petrobras "tomará as medidas legais" caso seja prejudicada na Bolívia.
Por sua vez, o coordenador da campanha do presidente Lula à reeleição, Marco Aurélio Garcia, afirmou que a estatal brasileira sairá do país vizinho se não houver acordo. "Se nós chegarmos a um acordo, ótimo, estabeleceremos um novo contrato, faremos migrar o contrato atual para outro. Se não houver, a Petrobras se retirará da Bolívia, muito simples", declarou o coordenador petista. (Rodolfo Torres)
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