Alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (29), o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), emitiu uma nota em que se diz atingido por uma disputa política local. Por meio do ministério, Álvaro Antônio reafirmou sua inocência e defendeu-se.
“O que vem me atingindo há cerca de 3 meses é resultado de uma disputa política local, cujos interesses são prejudicados com minha presença no Ministério do Turismo”, declarou o ministro, suspeito de coordenar um esquema de candidaturas laranja do partido do presidente Jair Bolsonaro em Minas Gerais nas eleições do ano passado.
O ministro diz ter entregado ao Ministério Público de Minas Gerais “as provas das verdadeiras motivações das supostas denúncias”.
A operação
A Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda em endereços que seriam sede do PSL em Minas Gerais. A ação faz parte da Operação “Sufrágio Ostentação” deflagrada para investigar suspeita de desvio de recursos do Fundo Eleitoral que deveriam ter sido aplicados em campanhas de candidatas na última eleição.
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Segundo nota da PF, os mandados foram expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, dois deles foram cumpridos na capital, dois na cidade de Contagem, um em Coronel Fabriciano, um em Ipatinga e um outro em Lagoa Santa. Foram apreendidos também documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais. A PF não divulgou mais detalhes sobre o andamento da investigação e da operação de busca desta segunda. O PSL ainda não se posicionou sobre a operação.
O caso das candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, começou a ser investigado em fevereiro e envolve o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que comandava o diretório do partido em Minas Gerais durante a campanha de 2018. A deputada Alê Silva, também do PSL, chegou a denunciar que estaria sofrendo ameaças por parte do ministro já que ela investigou por conta própria o suposto esquema de candidaturas laranjas.
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