O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) divulgou sua pré-candidatura à Presidência em 2018. Em seu discurso de presidenciável, Dias afirmou que a sociedade deseja “político com passado limpo e que saiba administrar”. “O brasileiro real, aquele que está fora do mundo político, não deseja um outsider, não deseja uma disputa entre direita e esquerda. A novidade que as pessoas querem é um político com o passado limpo e que saiba administrar”, ressaltou.
Durante o evento realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, promovido pela juventude de seu partido, nesse domingo (19), o senador elogiou as ações de combate à corrupção do Ministério Público, da Justiça e da Polícia Federal. Em contraponto, fez duras críticas aos grandes partidos políticos. “A situação chegou a tal ponto que o jurista Modesto Carvalhosa pediu a extinção dos nove maiores partidos brasileiros, por corrupção”.
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Álvaro Dias também disse que não fará alianças partidárias. “Quero ficar distante das alianças partidárias. Elas são a maior desgraça administrativa que se implantou no país”. Para ele, as últimas derrotas do PSDB nas urnas se deve, em grande parte, às alianças realizadas pela legenda.
“O PSDB já perdeu várias eleições e deve perder mais uma em 2018. Ele está entre os partidos que serão rejeitados na eleição, especialmente por ter feito aliança com o PMDB no impeachment da Dilma”, disse.
Ex-líder do PSDB, Álvaro Dias assinou sua desfiliação da sigla tucana em janeiro do ano passado. Na época, migrou para o Partido Vede (PV), onde ficou até julho deste ano, quando saiu para ingressar no Podemos. A filiação no Podemos foi com o propósito de concorrer à Presidência da República.
Antes de adotar o nome de Podemos, a legenda se chamava PTN. A mudança de nome foi autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio deste ano. O PTN tem registro eleitoral no TSE desde 2 de outubro de 1997. Antes da ditadura militar, a legenda – fundada em 2 de maio de 1945 – foi formada por dissidentes do PTB. Foi pelo PTN que Jânio Quadros se elegeu presidente da República em 1960. A agremiação foi extinta no regime militar (1964-1985) por meio do Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965.