LUZIÂNIA (GO) – O candidato da aliança entre o PT e o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) venceu as eleições municipais em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Primo do ex-governador, o deputado estadual Cristóvão Tormin (PSD) teve 59 mil votos, ou 71% dos votos válidos. Atrás dele ficaram Gastão Leite (PSDB), com 20 mil votos (24%), e Professor Augustinho (Psol), com 2.622 votos (3%).
Eleito prefeito, Cristóvão preferiu não comentar a influência que Joaquim Roriz terá em seu governo. Num evento da campanha, ele colocou no mesmo palanque Roriz e o seu candidato a vice, Didi Viana (PT), como revelou reportagem publicada pelo Congresso em Foco. “Eu não quero colocar essa questão, porque estamos falando de pessoas”, disse ele na noite deste domingo (7), após o fim da apuração das urnas na Justiça Eleitoral. “Respeito muito o ex-governador Joaquim, o ex-governador Cristóvam Buarque [PDT], mas nós vamos buscar uma união pelo bem da cidade.” Cristóvão chegou dizer que Roriz “não participou de nenhum ato de campanha”.
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O vice dele na chapa também chegou a negar a foto dele ao lado de Roriz. “Mas era um evento das famílias”, afirmou Didi Viana. O petista afirmou que o ex-governador não terá influencia no governo porque vem perdendo poder desde os anos 90. “Não vejo razões para o Joaquim ter influência no nosso governo”, disse Didi ao Congresso em Foco. Ele declarou ainda que o PT não tem “nenhum interesse” na relação com Roriz e que a aliança “foi muito localizada”. Didi é casado com uma prima de Cristóvão.
Apesar de ter criticado na campanha o aumento salarial de 50% concedido para o prefeito, os vereadores e os secretários municipais, Cristóvão não vai trabalhar para mudar a situação. A partir do próximo ano, o próximo chefe do Executivo terá salário de R$ 26 mil, contra os R$ 18 mil de hoje. “Isso é uma questão interna corpis da Câmara, não é de prefeito. Se a Câmara estabelecer, temos que cumprir. É uma questão de Poder Legislativo”, desconversou o prefeito eleito. “Quem tem que se movimentar é a Câmara, não o Poder Executivo.”