A comunidade Marina Silva Presidente, gerenciada por simpatizantes da ex-senadora no Facebook desde 2012, divulgou nesta manhã o que chamou de “kit-verdade” para rebater as principais críticas direcionadas à candidata. Segundo o grupo, que não faz parte das redes sociais oficiais da presidenciável, o objetivo é acabar com “a boataria e mentiras” e disseminar os posicionamentos reais de Marina de acordo com as declarações feitas por ela, em contraponto às versões espalhadas pela internet.
“Tem muita informação falsa rolando nas redes. Em dez minutos, você pode conhecer os verdadeiros posicionamentos de Marina Silva”, diz o material da comunidade, atualmente seguida por mais de 46 mil usuários. O link do Facebook remete à página Marina de Verdade.
Fundamentalismo religioso
No site, o grupo contesta que Marina seja uma “fundamentalista religiosa”, contrária ao casamento gay, ao aborto e à descriminalização da maconha, ou a candidata dos bancos. A partir de declarações da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, a comunidade afirma que Marina sabe distinguir sua opinião pessoal de suas decisões políticas.
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“Marina Silva é evangélica. E tem o direito de ser – assim como católicos, ateus, espíritas, seguidores de religiões de matriz africana, e todos os demais. Mas antes de tudo é uma defensora da Democracia e do Estado Laico”, diz trecho da publicação.
O texto nega que Marina tenha declarado apoio à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. E diz que a maioria dos evangélicos votou em Dilma Rousseff (PT) na eleição passada, e não na então candidata do PV, que recebeu quase 20 milhões de votos e foi a terceira colocada na corrida presidencial.
PublicidadeEm relação ao casamento gay, a publicação destaca que a candidata é favorável à adoção por parte de casais do mesmo sexo e que já se posicionou em favor da defesa dos direitos civis seja qual for a orientação sexual.
No caso da maconha e do aborto, o grupo diz que Marina defende a realização de plebiscitos para que a população se posicione sobre a possibilidade de descriminalização da droga e da interrupção da gravidez.
Itaú
A comunidade também nega que Marina seja a candidata do Itaú por causa de sua amizade com Maria Alice Setúbal, coordenadora do programa de governo da candidata do PSB. Diz que o PT e o PSDB receberam R$ 4 milhões do Itaú na eleição passada, enquanto o PV, partido pelo qual a então senadora concorreu à Presidência, ficou com R$ 1 milhão do banco. “’Mas ela é financiada pelo Itaú!’” Gente, esse buraco é muito mais embaixo. Ou você critica todo o sistema de financiamento de campanha (que é uma das pautas da Rede Sustentabilidade), ou não”, afirma o grupo.
O texto também destaca um perfil de Maria Alice Setúbal publicado pela revista TPM, em que a herdeira do Itaú se posiciona politicamente e se apresenta como socióloga por formação, e não como socialite.
Tucana e petista
Os aliados de Marina também contestam os que chamam a candidata de “tucana” ou “petista”. “Marina saiu do PT em 2009, exatamente por não concordar com os rumos que o partido estava seguindo, do poder pelo poder, de se afastar da possibilidade de desenvolvimento casado com sustentabilidade”, diz o texto.
“A Marina lutou até o último segundo para evitar coligações estaduais com o PSDB, inclusive ela não vai fazer palanque junto ao Alckmin em São Paulo nem com o Beto Richa no Paraná, para deixar isso claro.”
Veja a íntegra do material divulgado por aliados de Marina
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