A bancada do PSDB na Câmara dos Deputados se reúne na terça-feira (10) para tentar escolher o novo líder do partido. Disputam os deputados Celso Sabino (PA), apoiado por Aécio Neves, e Beto Pereira (MS), apoiado por João Doria.
Hoje ambos os candidatos tem o apoio de 16 deputados, pelo critério de desempate Pereira é o mais velho e seria o escolhido. No entanto, um deles é Miguel Haddad (SP), suplente que assume a vaga de Guilherme Mussi (PP-SP) até o próximo dia 13.
Como Miguel Haddad apoia Beto Pereira, a estratégia dos aecistas é que a eleição seja marcada para a próxima semana, quando a configuração seria de 16 a 15 contra o grupo de Doria.
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Para reforçar a posição, os apoiadores de Sabino usam o estatuto da bancada, que diz que a escolha do líder acontece na quarta-feira antes do recesso de dezembro, ou seja, próximo dia 18.
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Tucanos ouvidos pelo Congresso em Foco avaliam que os maiores apoios de Beto Pereira está nos deputados de São Paulo e Minas Gerais. Sabino teria o aval de deputados do Norte, Sul, e Nordeste. Eles veem na decisão do atual líder Carlos Sampaio (SP) de antecipar a escolha como um ato pró-Doria.
Esta é a segunda disputa pública entre os grupos ligados ao deputado e ex-presidente do PSDB Aécio Neves (MG), que apoia Sabino, e ao governador de São Paulo, João Dória, que lança Beto Pereira.
O governador paulista João Doria já esteve contra Aécio Neves em outra ocasião. Ele patrocinou um pedido de expulsão do mineiro do PSDB, algo que foi amplamente rejeitado pela Executiva tucana.
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Doria quer expurgar os quadros tucanos envolvidos em corrupção para ganhar prestígio eleitoral nas eleições presidenciais de 2022. No dia 21 de agosto, quando o pedido de expulsão foi arquivado, o ex-governador mineiro disse que havia uma intenção de reforçar a candidatura de Doria ao Planalto em 2022:
“Claramente com uma percepção eleitoral. O partido simplesmente disse que aqui existem regras e essas regras que vão fortalecer qualquer que seja o candidato do partido . O governador Doria tem qualidades. Obviamente que é um projeto ainda em construção, vai passar substancialmente pelo êxito de sua administração em São Paulo pela qual todos nós torcemos”, afirmou Aécio.
Apesar de não ter sido condenado, o ex-candidato a presidente nas eleições de 2014 foi alvo de pelo menos nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal após ser citado na delação premiada de Joesley Batista, dono da JBS.
Um desses casos evoluiu e transformou o mineiro em réu, que é o que trata do empréstimo de R$ 2 milhões pedido pelo tucano para bancar sua defesa na Lava Jato.
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