Identificado como homem de confiança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Motta procura se distanciar do seu padrinho para tentar obter votos entre os deputados que defendem a manutenção do atual líder da bancada, Leonardo Picciani (RJ), nome preferido pelo governo e considerado fiel a Dilma. Os dissidentes da legenda resolveram amenizar o discurso pelo impeachment, mas não admitem a aprovação da CPMF, como quer Motta.
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A eleição para líder do PMDB na Câmara está marcada para o dia 17, na volta do recesso do Carnaval. Até lá Picciani e Motta farão campanha com visitas aos deputados federais e governadores. Os dois deputados e seus seguidores garantem que vão ganhar a disputa.
O cargo é importante porque o líder do PMDB, hoje a maior bancada na Câmara, indicará oito dos 65 membros titulares (e mais oito suplentes) do partido na comissão processante que vai analisar o pedido de impeachment da presidente. Para o Planalto, é essencial que Picciani vença a disputa e garanta uma chapa comprometida com a continuidade do governo.