Indicado pelo presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes recebeu em seu gabinete em Brasília um grupo indígena que o convenceu cantarolar e arriscar movimentos típicos (vídeo abaixo). O vídeo foi divulgado nas redes sociais pelo próprio magistrado, que ao final da cantoria agradeceu pela homenagem – com cocares e outros adereços, os índios encaixam o nome de Moraes no canto, uma oração tradicional.
“Agradeço a confiança e a homenagem que recebi da comunidade indígena”, escreveu Moraes no Twitter. “Recebi as comunidades indígenas da Raposa [Serra] do Sol para garantir a efetividade de seus direitos. Agradeço a oração que proferiram em minha proteção”, acrescentou o juiz, agora no Facebook.
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Veja no vídeo:
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Alexandre de Moraes esteve à frente do Ministério da Justiça desde quando Michel Temer assumiu a presidência interina, em maio de 2016. Logo que assumiu a pasta, foi acusado pelo ex-ministro Eugênio Argão, seu antecessor na pasta, de ter “histórico de conchavos com setores que são de alto risco para a sociedade, como a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC”, no período em que comandou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. À época, Moraes se irritou com as declarações e informou que processaria Aragão.
Enquanto esteve à frente da Justiça, Moraes enfrentou uma das maiores crises no sistema penitenciário dos últimos anos. Chacinas em disputas de facções rivais em presídios nas regiões Norte e no Nordeste marcaram a virada de 2016 para 2017. Com isso, o ministério ganhou um reforço na estrutura (e no orçamento). A pedido do ministro, o governo deixará mais robusta a Secretaria Nacional de Segurança para que a pasta dê prioridade às violências dentro dos presídios que já causou mais de 100 mortes, inclusive com detentos decapitados, em brigas de facções desde o final do ano passado.
Logo que se tornou ministro efetivo, Moraes foi flagrado em vídeo anunciando uma nova fase da Operação Lava Jato uma semana antes da Polícia Federal ir às ruas. À época, a Força Tarefa negou que houvesse vazamento das ações da operação e o próprio ministro afirmou que sua declaração foi “genérica”.
Em outro episódio polêmico, o ministro foi a uma plantação de maconha no Paraguai para cortar, facão em punho, o mal pela raiz. A ação, feita quando ele ainda era ministro da Justiça, foi considerada midiática e recebeu muitas críticas nas redes sociais.
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