O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, confirmou, há pouco, que vai colocar em votação, ainda hoje, as propostas que acabam com o 14° e o 15° salários e com a verba indenizatória dos parlamentares, além do projeto que reajusta o vencimento dos congressistas.
"A disposição da Casa é de votar as três propostas até o fim da noite", disse Aldo.
Antes da votação, no entanto, a Câmara precisa votar as quatro medidas provisórias que trancam a pauta. No momento, está em discussão a MP 326/06, que prevê a abertura de crédito extra de R$ 1 bilhão para leilões da safra de soja 2006/2007.
Reunião cancelada
A segunda reunião de líderes, que discutiria como se dariam as votações sobre o aumento do salário dos parlamentares, foi cancelada. Com isso, representantes do Psol, PV, PPS, PTB e PSB fizeram um encontro informal e entraram em consenso. Eles defendem que os três assuntos sobre o reajuste sejam retirados de pauta e que a discussão seja postergada até a próxima legislatura.
As legendas também pretendem sugerir a inversão da pauta. Tão logo sejam votadas as MPs, os deputados querem definir se haverá ou não reajuste para, então, discutir o corte da verba indenizatória e dos salários extras.
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"É fundamental sepultar esse assunto. Nós perdemos a condição política e moral para discutir o tema no fim do ano, mas se for para votar, a posição é pelo fim da verba indenizatoria, pelo corte do 14° e 15° e pela não concessão de reajuste", garantiu o deputado Chico Alencar, líder do Psol na Câmara.
Há poucos instantes, o presidente Aldo Rebelo entrou no plenário, no momento estavam sendo registradas, no painel eletrônico, a presença de 358 parlamentares. Para aprovar as votações, é exigida apenas a maioria simples, ou seja, a concordância de metade mais um dos presentes. Leia mais