A discussão sobre o fim da reeleição ganhou uma voz contrária esta tarde. Depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) se disse ontem favorável à medida, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou hoje que ainda é cedo para saber se a adoção da medida será bom para o país o fim do instituto.
Segundo o presidente da Câmara, “anunciar uma predisposição” de se acabar com a reeleição é uma “demonstração de imaturidade das forças políticas e democráticas do país”. Aldo acredita que a medida tem que ser testada em outros pleitos – nas eleições presidências, por exemplo, apenas Fernando Henrique Cardoso se beneficiou da medida.
“É preciso ter cuidado com essa alteração constitucional, porque levamos cem anos para adotar o instituto da reeleição. Acho precipitado que, em apenas uma década, já tenhamos concluído que ele não é apropriado”, declarou.
Temer apóia proposta
Assim como Renan, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse ver com simpatia o fim da reeleição. Para Temer, advogado constitucionalista, o ideal seria um mandato presidencial maior, de “cinco ou seis anos”, o que não traria prejuízos para o país”. Renan também é favorável ao aumento do mandato do presidente, para cinco anos.
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Diferentemente de Renan, contudo, Temer não acredita em vontade política para que a proposta de emenda à constituição (PEC) que acaba com a reeleição seja votada ainda este ano.
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