Sob pressão dos parlamentares que estão na mira da Operação Sanguessuga, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse hoje que nem todos os 52 congressistas citados na investigação da Polícia Federal participavam do esquema de compra de ambulâncias superfaturadas. Aldo antecipou que vai adotar medidas para “resguardar a dignidade” dos parlamentares contra os quais nada foi comprovado.
“Após o trabalho da Corregedoria e da Mesa Diretora (que farão uma triagem dos nomes dos deputados citados), acionarei de imediato, e com o mesmo senso de urgência, todas as medidas necessárias para resguardar a dignidade e o respeito às prerrogativas constitucionais dos deputados que tenham sido atingidos em sua honra em razão desses acontecimentos”, afirmou.
Aldo foi criticado por vários deputados depois que encaminhou ontem à Corregedoria da Casa pedido de investigação de 52 citados no relatório da Polícia Federal sobre a compra de ambulâncias. A avaliação é que ele foi precipitado, ao contrário do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que determinou à Corregedoria o acompanhamento das investigações, poupando o líder do PMDB na Casa, Ney Suassuna (PB), único senador citado.
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