O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quer privatizar o Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB). O presidente do órgão, Marcos Lisboa, já iniciou um estudo para avaliar a possibilidade de colocar a idéia em prática. Porém, o ministro disse que falta apoio político e, para resolver esse problema, solicitou hoje aos integrantes da CPI dos Correios que elaborem um projeto para verificar se a iniciativa é viável.
A privatização do IRB, cuja maioria das ações pertence ao Tesouro Nacional, é discutida desde o governo Fernando Henrique Cardoso. A proposta ganhou força depois que o ex-presidente do órgão Lídio Duarte, indicado pelo PTB, acusou ex-presidente do partido Roberto Jefferson de cobrar mesada de R$ 400 mil para mantê-lo no cargo. O dinheiro era usado para financiar campanhas eleitorais.
De acordo com um dos integrantes da CPI, Palocci reclama que tem enfrentado contratempos políticos dentro do Planalto, e também no PT, para levar adiante a privatização, já que o IRB rende boa quantidade de cargos de confiança. Por isso, o ministro diz acreditar que, com o aval da comissão, teria argumento para diluir as resistências.
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O IRB funciona como uma seguradora para as corretoras de seguro. Quando uma companhia assina um contrato superior à sua capacidade financeira, o instituto assume parte do risco. Por conta das suspeitas de irregularidades em licitações, a estatal será investigada pela CPI dos Correios depois de encerradas as apurações acerca dos Correios.