O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara e candidato à reeleição, e o deputado Arlindo Chinalglia (PT-SP), líder do governo na Câmara e também candidato ao cargo, disputaram espaço hoje (5) durante cerimônia no Palácio do Planalto de sanção da lei que estabelece diretrizes para o saneamento básico. Os dois candidatos da base aliada do governo à presidência da Casa posaram para fotos e deram publicamente um abraço, buscando desta forma passar uma imagem de união da base governista, apesar das duas candidaturas.
Questionado se o abraço representava o fim da disputa entre ele e Chinaglia, Aldo declarou: "Não pode ser abraço de conciliação porque nunca houve briga. Isso é uma disputa na democracia que comporta várias candidaturas".
O presidente da Câmara também afirmou que tanto a disputa quanto o acordo são "próprios da democracia". No entanto, Aldo evitou comentar sobre a possibilidade de abrir mão da disputa em favor do candidato petista. "Não há porque estranhar na democracia nem a disputa nem o acordo. A minha candidatura não é partidária nem um projeto pessoal, pertence a um grupo de deputados", disse.
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Aldo sentou-se ao lado do presidente Lula na cerimônia, tendo em vista que é o presidente da Câmara e o projeto com diretrizes para o saneamento básico foi aprovado pela Casa. Chinaglia acompanhou a sanção da lei na platéia, ao lado dos outros convidados. "Temos uma ótima relação, respeito o deputado Aldo. Ele está em campanha e eu também", disse o petista.
Alternativos não preocupam
Aldo demonstrou que não tem preocupação com o lançamento de candidaturas alternativas para a presidência da Casa. De acordo com Aldo, o fato de aparecer "a terceira, a quarta, a quinta ou a décima primeira candidatura demonstra a existência de um ambiente democrático no país e na Câmara".
Segundo Aldo, qualquer candidatura é válida. "Seria arrogante de minha parte reconhecer legitimidade na minha candidatura e dizer que a dos outros não tem", afirmou.