O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), condenou hoje o uso eleitoreiro da tentativa de compra de um dossiê contra candidatos do PSDB. O episódio, deflagrado às vésperas das eleições, veio na hora certa para os adversários do presidente Lula (PT), candidato à reeleição, que temiam ver a disputa presidencial encerrada já no primeiro turno.
"O constrangimento é de todo o país, que assiste numa campanha eleitoral, por um lado, a esse tipo de comportamento, e por outro, ao uso eleitoral desse episódio", disse. O candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, tem usado a compra do dossiê como um dos pilares de sua campanha no segundo turno.
Aldo, que apóia a candidatura de Lula, disse esperar uma investigação isenta da Polícia Federal e da Justiça. Em seguida, ele saiu em defesa do petista. "Eu não acredito que alguém queira imputar ao presidente a responsabilidade por um ato dessa natureza, a não ser com a finalidade puramente eleitoral", declarou.
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), também considerou a situação constrangedora, mas disse que a constatação não condena o presidente Lula, como quer a oposição. Fontana ressaltou ainda que não há qualquer hipótese de que o dinheiro para a compra do dossiê ter saído da campanha do presidente e que a oposição não tem argumento para pedir a impugnação da candidatura do presidente.
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