O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição, admitiu ter cometido ao menos três erros durante sua gestão. Aldo disse que deveria ter reunido mais os líderes partidários para tentar amenizar a radicalização política provocada pelas eleições no ano passado.
"A Câmara conduzida num ambiente de radicalização mergulha num impasse. Quem sabe se tivéssemos ampliado o diálogo com as lideranças partidárias, poderíamos ter votado ainda mais matérias importantes para o país", afirmou ao responder à pergunta do repórter Leandro Colon, do portal G1, sobre quais teriam sido seus erros no comando da Casa.
Aldo provocou risos na platéia ao dizer que seria injusto comentar apenas os erros. Mas admitiu outros dois equívocos: a condução da discussão sobre o reajuste de 91% dos parlamentares e a demora na formação de uma aliança para a sua candidatura à reeleição. O deputado, porém, não detalhou esse último ponto. "Não deveria ter esperado tanto para construir uma aliança mais ampla para a minha candidatura", declarou.
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Quanto ao aumento salarial, Aldo disse que, apesar do parecer jurídico da Câmara, deveria ter submetido a decisão da Mesa Diretora e dos líderes partidários ao Plenário. O deputado voltou a defender o congelamento dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) até que seja aprovada a unificação do teto do funcionalismo público para os Três Poderes.