O candidato tucano derrotado à Presidência da República, Geraldo Alckmin, esteve hoje (12) no Congresso Nacional para agradecer o apoio que teve de partidos como o seu (PSDB), o PFL e o PPS. Alckmin aproveitou para criticar o governo Lula, ao comentar a crise aérea que atinge o país há mais de dois meses. De acordo com Alckmin, o governo faz com que o país enfrente problemas "por terra, céu e mar".
"O apagão aéreo é a face explícita da ineficiência do governo. É um governo que não funciona há dois meses. No país só se fala em impunidade, aumento de salários e crise aérea, quando a agenda deveria ser a das reformas. Os temas que irão garantir o crescimento do país estão fora da agenda política", declarou o tucano.
O ex-governador de São Paulo revelou que fez um estudo e chegou à conclusão desde 1898 até hoje, o Brasil só não cresceu acima da média mundial nos seis últimos anos. "Este ano talvez seja o pior percentual. O mundo deve crescer em média 5% e o Brasil, 2,8%", afirmou Alckmin.
De acordo com o tucano, a diferença do índice de crescimento do Brasil com a média do restante dos países deverá somar dois pontos percentuais, "o que só ocorreu no governo Collor".
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Sobre a mete de crescimento do governo de 5% para o próximo ano, Alckmin afirmou:. "Acho improvável. Neste ano a questão fiscal se deteriorou. Vejo o governo bastante parado. A política brasileira está esquisita. As questões substanciais do país estão ao largo da agenda".
"Sova eleitoral"
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, rebateu as críticas de Alckmin, e declarou que o tucano levou uma "sova eleitoral" no último pleito. "O governador Alckmin ainda está um pouco no ar depois da sova eleitoral que levou. Ele não aterrissou ainda", disse.