O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, criticou na manhã de hoje a estrutura do governo Lula. Segundo o tucano, o petista privilegia sua "patota", o que leva à "ineficiência" e à "corrupção". Alckmin também afirmou que, se eleito, vai diminuir o número de ministérios para acabar com o que, segundo ele, produziu o "aparelhamento do Estado".
"Eu não vou aparelhar o Estado porque governo não é patota, não é para os amigos. Esse aparelhamento leva, num primeiro momento, à ineficiência. E, num segundo, à corrupção", afirmou o Alckmin após visitar o município de São Vicente.
Alckmin não quis responder se vai levar para o debate de amanhã na Bandeirantes o tema da crise do dossiê contra políticos do PSDB. "A nossa campanha vai ser propositiva. Mostrar para o eleitor que o Brasil pode ir melhor, sob o ponto de vista ético, sob o ponto de vista da eficiência. Agora, é dever de todo brasileiro combater a corrupção. Nós não podemos achar que essas coisas são normais", declarou.
Indagado por jornalistas, Alckim questionou a origem do dinheiro para a compra do dossiê. "O que a população toda está esperando é a verdade. De quem é o dinheiro? Por que não aparece o dono do dinheiro? O dono das contas? O dono do dólar? Primeiro estava escondendo para o primeiro turno. Esperaram acabar o primeiro turno. E agora, vão esperar acabar a eleição?", ironizou.
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Em relação à pesquisa Datafolha divulgada ontem (6), que indica o presidente Lula com 50% das intenções de voto contra 43% do tucano, Alckmin minimizou. "A pesquisa mostra uma diferença pequena. No primeiro turno, cheguei a ter mais de 20 pontos percentuais entre eu e meu principal adversário. Acho que a eleição já está caminhando para um empate", declarou.