Às vésperas da definição do candidato do PSDB para disputar a presidência da República nas eleições de outubro, pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), divulgada hoje pelo Jornal do Brasil, aponta um avanço do governador paulista Geraldo Alckmin de cinco pontos em relação aos números divulgados em fevereiro.
Pela nova sondagem, Alckmin detém 21,9% da preferência eleitoral. Enquanto isso, o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), caiu de 35% para menos de 30%. Em ambos os casos foram computados os votos nulos e em branco.
Na simulação para o segundo turno, computados apenas os votos válidos, José Serra mantém ligeira vantagem sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 51,41% contra 48,59%. Na mesma situação, quando entra Alckmin, Lula ganha por margem apertada: 53,08% contra 46,92%. Se o oponente é Anthony Garotinho (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro, a vitória de Lula é folgada: 66,88% a 33,12%.
No primeiro turno, o presidente Lula lidera a pesquisa em todos os cenários. Computados apenas os votos válidos, tem 42,31%, contra 34,94% de Serra; 10,25% de Garotinho; e 8,69% da senadora Heloísa Helena (Psol-AL). Os outros candidatos incluídos na pesquisa têm votações inexpressivas, incluindo o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB).
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Quando Serra é substituído por Alckmin, a vantagem de Lula aumenta – 41,44% a 26,39% -, assim como os votos dados a Garotinho (14,55%) e Heloísa Helena (10,01%).
Decisão tucana
Na última sexta-feira, a cúpula do PSDB – formada pelo presidente da legenda, senador Tasso Jereissati (CE); pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador de Minas, Aécio Neves – prometeu o anunciar o nome da legenda para tomar o lugar na corrida presidencial nesta terça-feira (14). O governador e o prefeito tucanos protagonizam um embate acirrado pela vaga do PSDB para concorrer à presidência há meses.
Corrupção
A pesquisa pediu aos entrevistados que comparassem os níveis de corrupção nos dois governos. Neste caso, o governo FHC saiu-se melhor: 33% avaliam que a corrupção é maior na administração atual, enquanto 21% opinam que é inferior do que na era FHC. O resultado não surpreende, já que há mais de oito meses, o governo Lula enfrenta as denúncias do escândalo do mensalão, em que parlamentares da base aliada foram acusados de receber mesada para votar de acordo com os projetos do governo. Mesmo assim, 43% das pessoas ouvidas consideram equiparados os níveis de corrupção.
Na confrontação dos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, Lula saiu na frente: 44% consideram o governo petista melhor ou muito melhor que o de FHC; 33% consideram igual, e 31% acham que é pior ou muito pior. Isoladamente, o governo Lula é considerado regular por 41%; bom, por 36%; e ruim, por 22% dos entrevistados.
A maioria das pessoas ouvidas (77%) demonstrou não simpatizar com nenhum partido
O principal problema do país continua sendo o desemprego, na opinião de 22% dos entrevistados; em seguida, vêm a criminalidade (18%) e a pobreza (11%).
Ao analisarem os desempenhos setoriais do atual governo, 31% dos entrevistados apontaram a saúde como a pior área, seguida pela segurança (26%) e pela educação (11%).
A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral, foi realizada entre os dias 2 e 9 de março em todo o país. Foram ouvidas 1.913 pessoas em 155 municípios. A margem de erro é de 2,2%.
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