O ministro passou a ser alvo de ameaças e intimidações depois que ordenou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, a remessa de todos os procedimentos investigatórios sobre o ex-presidente Lula à Suprema corte, inclusive as interceptações telefônicas envolvendo o ex-presidente.
Durante as ações da Lava Jato na Justiça, a Ajufe foi essencial para legitimar as decisões do juiz Sérgio Moro. Porém, a associação, que sempre defendeu Moro, também veio a público expressar sua solidariedade ao relator da Lava Jato no Supremo. “Defendemos a independência do juiz federal Sérgio Moro, também nos posicionamos pela defesa da independência do Ministro Teori Zavascki”, escreveu o presidente da associação, Antônio César Bochenek.
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Leia a íntegra da nota da Ajufe em apoio a Teori:
A propósito dos ataques e críticas feitas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki em razão da decisão proferida na Medida Cautelar da Reclamação nª 23.457, a Ajufe reafirma que a construção de uma sociedade livre, justa e solidária exige um Poder Judiciário forte e independente.
Isso somente será possível se for assegurada aos juízes a liberdade para decidir conforme seus entendimentos, devidamente motivados no ordenamento jurídico.
Uma Justiça sem temor é direito de todo cidadão brasileiro e a essência do Estado Democrático de Direito, motivo pelo qual, da mesma forma que defendemos a independência do juiz federal Sérgio Moro, também nos posicionamos pela defesa da independência do Ministro Teori Zavascki. Por essas razões, repudiamos as ameaças e intimidações que lhe estão sendo dirigidas.
Antônio César Bochenek
Presidente da Ajufe
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