Em reunião realizada hoje (2) pela manhã com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), disse que vai trabalhar para que a reforma política seja aprovada na Câmara ainda no primeiro semestre de 2007 (leia mais). Britto entregou ao deputado a proposta da OAB para a reforma. Na Câmara, há dois projetos de lei tratando do assunto.
Entre os pontos mais polêmicos defendidos pela Ordem, estão a redução do mandato de senador de oito para quatro anos, a mudança na eleição dos suplentes no Senado, a realização de plebiscitos sem a autorização do Congresso e a possibilidade de a população revogar mandatos eletivos. Clique aqui para ver a íntegra do documento
Chinaglia disse que só opinará sobre a proposta da Ordem depois que a tiver lido e espera que outras entidades também façam sugestões sobre o assunto. O deputado garantiu que todas as sugestões apresentadas serão encaminhadas para discussão pelas bancadas partidárias.
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Também participaram da reunião o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), o vice-líder do PT Walter Pinheiro (BA) e o líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PE). Pannunzio acredita que há um consenso entre os partidos sobre a necessidade de mudanças no atual sistema político. "Não há como aprofundar a democracia sem o fortalecimento dos partidos políticos".
Seminário
O PT realizará um seminário interno para discutir a reforma política. Walter Pinheiro avalia que não é mais possível esperar uma nova crise institucional ou que problemas apareçam durante a legislatura para aprovar mudanças, que, segundo ele, precisam ser discutidas com urgência.
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Chinaglia nega pressão do Planalto para abortar CPI
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara, negou hoje (2) que esteja recebendo pressão do Palácio do Planalto para evitar a instalação da CPI do Apagão Aéreo.
Segundo reportagem publicada hoje pela Folha de S.Paulo, o presidente Lula pediu a Chinaglia e a deputados aliados para que trabalhem para abortar a instalação da CPI na Câmara. Leia mais
"Não tratei disso com ninguém, nem com o Planalto, nem com os líderes. Não recebi nenhuma pressão", disse Chinaglia. O petista reiterou que vai instalar a comissão se o requerimento que pede sua abertura "cumprir com os requisitos regimentais e constitucionais" da Casa.
"Aqui não é Casa de amigos, existe o rigor da formalidade. Não me importa a opinião pessoal de quem quer que seja. O que nós queremos é o parecer por escrito", afirmou.
Vaccarezza: “Não sou interlocutor" de Marta Suplicy
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) disse hoje (2) que não é interlocutor da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) para negociar apoios ou alianças para a eleição municipal do próximo ano.
"Não sou interlocutor de nenhuma candidatura do PT, nem da Marta, para discutir aliança ou chapa. Não sei nada de 2008, e ainda é muito cedo para discutir isso", afirmou o petista à repórter Regiane Soares, da Folha Online.
A declaração do petista foi uma reação à reportagem publicada na edição de hoje no jornal O Estado de S.Paulo sobre uma possível aliança entre o PT e o PP. Leia mais
"Isso é pura fantasia", disse Vaccarezza, que confirmou o encontro com Maluf. "Falamos sobre reforma política e a pauta das CPIs", completou. De acordo com o parlamentar, o "fantasioso" acordo teria sido "inventado" por políticos do PSDB que estavam na mesa ao lado da sua. "Alguém disse que ouviu o que não ouviu", afirmou.
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