O senador José Agripino Maia (PFL-RN), candidato à presidência do Senado, afirmou hoje (18), em entrevista coletiva, que não está entrando na disputa para marcar presença, e sim para ganhar.
A principal proposta do pefelista é reduzir o número de medidas provisórias (MPs) para desobstruir a pauta de votação do Congresso.
“O ponto central são as MPs. Encontro nessa postura uma maneira de desobstruir a pauta. Quando o Executivo entope o Congresso com MPs, o Legislativo perde a iniciativa”.
Questionado sobre as razões de estar na disputa, Agripino respondeu que o governo já tem o Executivo, a presidência da Câmara e a do Senado. “É a necessidade democrática de se ter o contraponto e evitar a hegemonia”.
Eleição na Câmara
Indagado se o apoio do PFL na Câmara à candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e não a de Gustavo Fruet (PSDB-PR), não poderia gerar uma retaliação no Senado, Agripino respondeu: “Não há questão fechada do PFL com relação aos votos [na Câmara]. Tenho mantido contatos permanentes com a liderança do PSDB. Eles têm a compreensão de que se o PFL apoiar Fruet agora, Chinaglia estará mais próximo da vitória”.
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“Fruet é um grande candidato. Se a candidatura dele fosse lançada há três meses, sem dúvida o PFL o apoiaria. Mas se o PFL desistisse do apoio ao Aldo agora, correria o risco de dar a vitória a Chinaglia ainda no primeiro turno. Para que Aldo não retire a candidatura e vá para o segundo turno, o PFL manterá o acordo”, complementou.
Em relação ao aumento salarial para deputados e senadores, Agripino afirmou: "O reajuste do salário dos parlamentares não pode ultrapassar a inflação. Tem que aumentar sim, para os que ganham salário mínimo. O teto é outra discussão. A questão do teto envolve os três Poderes e tomou conotações que não deveriam ser tomadas".
O pefelista ainda delcarou que o PFL "está fechado com Aldo tanto quanto possível". ”Se o Fruet for para o segundo turno, o PFL estará todo com ele”, concluiu o senador pefelista. (Soraia Costa)
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