O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), disse agora há pouco ao Congresso em Foco que o Brasil pode ter papel de destaque na reinserção de Cuba no cenário internacional. Hoje (19), o caudilho cubano Fidel Castro, que estava há 49 comandando com mãos de ferro a ilha caribenha, anunciou seu afastamento da presidência e do Conselho de Estado (leia e veja texto publicado por Fidel no jornal oficial de Cuba, Granma).
“Acho que Cuba vai viver um momento diferente, e tem de aproveitar. Os governantes cubanos têm de aproveitar este momento de transição para reinserir Cuba no contexto internacional”, disse Agripino, a caminho do plenário. “E aí o Brasil pode desempenhar um bom papel, no sentido da confluência, mas também no sentido da exigência a Cuba quanto ao respeito aos direitos humanos, que são em grande medidas desrespeitados pelo país.”
Para Agripino, a decisão de Fidel muda a forma de o mundo olhar para Cuba. O senador acha que os constantes desrespeitos aos direitos humanos – praticados sob o jugo do líder revolucionário – são um dos principais fatores da rejeição mundial ao regime instalado há quase cinco décadas naquele país.
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“É um momento de repensar em Cuba. O novo governo tem a obrigação de pensar nos cubanos, no bem-estar dos cubanos. Os direitos humanos lá são maculados com muita freqüência. Cuba está fora do contexto internacional e, a aposentadoria ou o afastamento de Fidel pode abrir a perspectiva para um diálogo internacional importante, e o Brasil pode ajudar nesse tocante”, acredita o democrata, concordando com a hipótese de que Fidel determinou o sepultamento do último bastião do comunismo.
“Sem sombra de dúvida. Dos ícones do comunismo é talvez o último a sair de cena”, resumiu. (Fábio Góis)
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