O ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun disse, em entrevista coletiva, que lamenta o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, mas que ele não tinha visto interesse no museu antes.
“Agora que aconteceu tem muita viúva chorando”, disse Marun, que é um dos interlocutores do presidente Michel Temer no Planalto. “Eu não tenho visto ultimamente, na televisão, por exemplo, alguém destacando o museu, para que ele se tornasse mais amado pela nossa população. Está parecendo muita viúva apaixonada, mas, na verdade, essas viúvas não amavam tanto assim o museu em referência.”
O ministro disse ainda que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tinha autonomia para administrar o orçamento. “Esse museu é administrado pela UFRJ que tem autonomia para execução dos seus orçamentos. Nós não estamos simplesmente nos eximindo de responsabilidade, mas esta é a realidade. Não existe orçamento do museu, existe orçamento da universidade que, dentro das dificuldades que nós temos, tem que fazer a divisão de seus recursos”, disse. “Não vou culpar ninguém, não conheço o que a UFRJ priorizou. Só estou fazendo afirmações que condizem com a realidade. A UFRJ tem autonomia financeira e o orçamento do museu sai do orçamento dela”, completou o ministro.
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Para Marun, os museus deveriam ter fontes de receitas próprias. “O Brasil tem centenas de museus extremamente importantes e tenho convicção de que temos dificuldade de manutenção de muitos deles, principalmente aqueles que não têm uma sustentação própria, que não conseguiram equacionar ainda uma forma de sustentação”, defendeu o ministro.