Com o objetivo de aumentar a representatividade da categoria no Congresso, agentes da Polícia Federal (PF) lançam oficialmente, nesta terça-feira (22), uma frente com cerca de 30 pré-candidatos para Câmara e Senado. Os únicos estados que não terão candidatos da categoria são Paraíba, Piauí e Sergipe.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF) e candidato a deputado federal pelo PHS, Flávio Werneck, todos os pré-candidatos assumiram o compromisso de não se candidatar pelo MDB, PT e PP. A alegação é de que esses partidos são os que mais têm representantes envolvidos em escândalos de corrupção.
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Werneck conta que a ideia de criar um grupo para disputar as eleições nasceu há aproximadamente dois anos e que a intenção inicial era de lançar candidaturas avulsas. Sem a definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão – que foi pautada no ano passada, mas que não teve mérito julgado –, a frente se definiu então como pluripartidária e terá representantes de pelo menos 17 partidos pelo país.
A sigla que mais terá nomes a cargos nos Legislativos federal e estadual é o PSL do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), escrivão da Polícia Federal e um dos principais nomes do movimento. São pelo menos sete pré-candidatos pelo partido.
Carta-compromisso
“Não é uma frente só de policiais federais. É uma frente que vai assinar uma carta-compromisso com a sociedade”, disse Flávio Werneck ao Congresso em Foco. Segundo ele, a carta que será divulgada durante o lançamento da frente na tarde de hoje, definirá os compromissos e plataformas defendidas pelos pré-candidatos.
Werneck declarou ainda que, em linhas gerais, a carta crava o comprometimento com o combate à corrupção, defendendo pelo menos sete propostas do projeto que ficou conhecido como “10 medidas contra a corrupção”. A defesa da desburocratização das investigações e do sistema de ingresso único nas polícias, além do fim do foro privilegiado, também estão entre os compromissos do grupo.
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