Afastada de suas funções partidárias por 60 dias pelo PMDB, a senadora Kátia Abreu (TO) voltou a atacar a legenda. “Neste exato momento, a preocupação do PMDB deveria ser provar que não é uma organização criminosa, um quadrilhão. Eu estou longe de ser um problema para o PMDB. Sigo minha vida”, disse a senadora, por meio de sua assessoria, nesta sexta-feira (15), após leitura de seu afastamento em sessão deliberativa do Senado.
A decisão foi lida pela senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB- AM) um dia depois do anúncio de afastamento da parlamentar pela Executiva do partido. Segundo o presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), o afastamento de Kátia é para aguardar uma decisão do Conselho de Ética do partido, que analisa o processo contra a parlamentar por ter ferido a ética e a disciplina partidária com críticas à legenda, ao presidente Michel Temer e por ter votado contra matérias defendidas pelo governo.
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Kátia Abreu, que ocupou o Ministério da Agricultura entre 2015 e 2016 no governo da petista Dilma Rousseff, votou contra o impeachment de Dilma e, recentemente, foi contra a reforma trabalhista proposta pelo governo.
No dia 16 de agosto, a senadora apresentou sua defesa à direção do partido. A parlamentar ressaltou, no texto entregue, que a legenda não propôs nenhum tipo de punição a filiados condenados por crimes graves, como corrupção e formação de quadrilha.
Na defesa, Kátia Abreu lembra que renomados nomes do PMDB têm enfrentado problemas de ordem criminal, sendo que alguns já foram condenados e presos – como o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. “Até mesmo o presidente da República foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República”, ressalta.
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