“Aécio, acredito na sua capacidade de diálogo e gestão. Sei que não é a primeira vez que seu caminho cruza com o de Eduardo. Penso, Aécio, que hoje é um dia muito importante nessa caminhada”, afirmou Renata em carta lida por seu filho João, durante evento da campanha do tucano em Recife. Também estavam presentes Pedro e Eduarda, os outros dois filhos de Eduardo e Renata, além de lideranças nacionais do PSB e do PSDB.
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Renata preferiu não participar do evento. Na carta lida pelo filho, disse que Aécio e Eduardo “sabiam sentar para buscar caminhos” e que o Brasil pede mudanças. “O governo que está aí tornou-se incapaz de realizá-las”, disse. Depois do ato de campanha, o tucano participou de um almoço na casa da viúva do ex-governador.
“Eu me sinto, a partir deste instante, responsável dentre tantas expectativas que a mudança gera na sociedade brasileira, para levar a cada canto deste país, no limite das minhas forças, o legado e os sonhos de Eduardo Campos, governador dos pernambucanos e símbolo da boa política”, afirmou Aécio.
Para Aécio, o apoio da família Campos pode representar um melhor desempenho no nordeste. Na região, Dilma obteve 59% dos votos válidos. Já o tucano teve uma votação bem abaixo, de 15%. Ele venceu em dez unidades da federação e a petista em 15. O primeiro turno foi encerrado com 41,59% dos votos válidos para a presidenta e 33,55% para o senador mineiro.
Marina
O documento divulgado por Aécio se compromete com o fim da reeleição para cargos executivos, a manutenção das prerrogativas do Poder Executivo na demarcação de terras indígenas, a ampliação da reforma agrária e a sustentabilidade das políticas do governo. No entanto, não trata da redução da maioridade penal, uma das bandeiras do tucano.
Ao ler o documento aceitando parte das sugestões de Marina, o tucano dá um passo importante. Junto com o Acre, Pernambuco foi um dos dois estados que a pessebista teve a maior votação para presidente da República.