Para tentar garantir votos no segundo maior colégio eleitoral do país, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, vai contar com a ajuda do governador tucano Aécio Neves no horário eleitoral gratuito. A idéia dos marqueteiros é aproveitar a popularidade do mineiro, que aparece com 75% das intenções de votos na disputa estadual.
Desde a semana passada, após a divulgação de pesquisas apontando estabilidade no cenário eleitoral e vitória de Lula no primeiro turno, PSDB e PFL estão receosos de não chegar ao segundo turno e resolveram apostar todas as fichas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em Minas, Lula lidera a disputa com 54% dos votos, contra 26% de Alckmin, segundo o Datafolha. Mas Aécio disse que, a partir de agora, pode tentar reduzir a diferença. "Ele (Alckmin) estará cada vez mais vinculado no nosso programa e estou sempre à disposição dele para participar da forma que ele achar mais adequada. Sou um soldado", afirmou Aécio hoje (11), durante ato de campanha em Teófilo Otoni (MG).
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Entretanto, Alckmin não deve ganhar espaço no programa do governador por restrições impostas pela legislação eleitoral.
Quanto à carta escrita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Aécio disse tê-la interpretado como uma "ação desagregadora". Ele declarou que não pretende reacender a polêmica aberta durante o fim de semana no partido, mas defendeu a candidatura de Alckmin.
"Prefiro não comentar (a carta). Eu hoje estou envolvido num projeto que é a eleição de Geraldo Alckmin. A melhor forma de eu contribuir com esse projeto é evitar comentar ações que mais desagregam do que agregam", declarou.
Na carta, divulgada na última sexta-feira (8), o ex-presidente admitiu falhas na gestão penitenciária em São Paulo. Ele deixou transparecer também pouca esperança na vitória de Alckmin em outubro e disse que o partido não soube explorar as falhas do governo Lula para vencer a disputa. "Não será agora, durante a campanha eleitoral, que conseguiremos despertar a população", escreveu FHC.
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