Alegando que a prisão de Joesley e Wesley Batista é “injusta e desnecessária”, os advogados dos empresários donos da JBS entraram com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira (15).
A prisão preventiva, sem prazo para terminar, foi decretada pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal de São Paulo, na última quarta-feira (13), quando Wesley foi preso. Joesley já estava preso desde a tarde de domingo (10), após se entregar à Polícia Federal em São Paulo e ser transferido para Brasília na manhã seguinte. A primeira prisão de Joesley foi decretada pelo ministro Edson Fachin, que acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) após rescisão da imunidade dos delatores.
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Em nota, o advogado dos Batista, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirma que a prisão preventiva dos irmãos é “injusta e desnecessária”. Eles são acusados pela Justiça de São Paulo por crimes contra o sistema financeiro. Os empresários teriam aproveitado os reflexos que as delações tiveram no mercado para comprar e vender dólares com lucros.
“Se os empresários fossem condenados pelo uso de informação privilegiada não pegariam o regime fechado pois a pena mínima é de 1 ano. A prisão é desnecessária é ilegal”, afirma Kakay.
Em sua audiência de custódia na tarde desta sexta (15), Joesley afirmou que só está preso porque mexeu com os “donos do poder”. “Fui mexer com os poderosos, com os donos do poder, e estou aqui agora. Estou pagando por ter delatado”.
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