Em depoimento à CPI do Tráfico de Armas, o advogado Sérgio Wesley confirmou que um dos dois CDs com a cópia do depoimento dos delegados do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) à comissão ficou com a advogada Maria Cristina Rachado, que tem como cliente Marcos Camacho, o Marcola. Wesley tentou desvincular seu cliente Leandro Carvalho de Marcola, afirmando que ele não tem nenhuma ligação com facção criminosa. Em seu depoimento à CPI, pouco antes, Maria Cristina afirmou que não ficou com cópia alguma.
Wesley disse ter certeza que o conteúdo do depoimento do Deic não foi responsável pela onda de ataques a São Paulo e que o CD seria usado na defesa de seu cliente. Para o advogado, ele tem direito constitucional de ter conhecimento do depoimento do Deic.
Ao explicar o motivo que levou à repassar o CD também para a advogada de Marcola, justificou-se: "Queriam fazer ligação do meu cliente com o cliente dela. Por isso autorizei que ela tivesse acesso à copia do depoimento do meu cliente", afirmou.
Ele disse que omitiu a informação de que foi a um shopping de Brasília junto com a advogada e o funcionário da Câmara Arthur Vinícius Pilastre Silva, responsável pela gravação do depoimento, para fazer a cópia do CD. Com a omissão, ele disse que pretendia se preservar de eventuais ilações. "Não era conveniente, foi estratégia de defesa", afirmou.