Maria Cristina Rachado,advogada de Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), negou, em depoimento à CPI do Tráfico de Armas ter comprado por R$ 200 cópia do depoimento sigiloso do diretor do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Ruy Ferraz, prestado à CPI no dia último dia 10, em sessão secreta. Ela é também acusada de ter repassado o conteúdo ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O Congresso em Foco divulgou com exclusividade o depoimento.
Cristina Rachado disse que foi procurada pelo próprio Artur Vinícius Pilastres Silva, ex-funcionário terceirizado responsável pelas gravações de sessões da Casa, para comprar o CD, mas que não o teria feito. "Ele disse que me enviaria o número da conta corrente e que me daria o depoimento completo, mas não paguei pelo depoimento".
Pressionada com a pergunta dos parlamentares, Cristina se defendeu aos prantos dizendo que que é advogada há dezoito anos e jamais foi repreendia pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Você se vê na mídia (…), taxada de bandida e de pilantra, o que eu não sou. Tenho endereço fixo, estou no mesmo local do trabalho desde que me formei", disse a advogada, chorando.
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De acordo com integrantes da CPI, ela e o advogado Sérgio Wesley da Cunha pagaram R$ 200 para obter a gravação da audiência reservada com os delgados Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).
A advogada de Marcola disse que veio de São Paulo à Brasília, na Câmara dos Deputados, por ter sabido pela internet do depoimento de Marcola na CPI. O depoimento não e sequer estava previsto pela CPI. Aldém disso, Cristina Rachado afirmou ter tratado de outros processos junto ao Superior Tribunal Justiça (STJ). A advogada não conseguiu explicar como foi feita a pesquisa para saber da pauta da reunião da CPI das Armas naquele dia, pela internet, que previa depoimento de seu cliente.