O governo ganhou tempo para tentar impedir a criação da CPI Lula-Okamotto, que antes de sair do papel, já ganhou o apelido de CPI do Armagedon. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que deveria ter lido hoje o requerimento de abertura da CPI, adiou para amanhã o procedimento, por causa da falta de conferência das assinaturas.
A nova CPI foi requerida pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE) na tarde de hoje para investigar, entre outros fatos, as relações do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e do filho do presidente Lula, Fábio Luiz da Silva, o Lulinha.
Almeida Lima disse que já reuniu as assinaturas necessárias para instalar a CPI. "Contando com a minha (assinatura), já tenho 34 assinaturas", afirmou. No Senado, onde a oposição é maioria, são necessárias pelo menos 27 assinaturas.
Se a base aliada não conseguir demover os oposicionistas, caberá aos líderes partidários no Senado indicar os seus membros. Caso não o façam, a indicação será imposta pelo presidente Renan Calheiros, aliado do presidente Lula. As investigações da CPI serão realizadas até outubro, em plena campanha eleitoral.
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Após a leitura do requerimento, Renan abre prazo para se retirar assinaturas ou incluir novos nomes. Depois disso, a CPI pode ser instalada.