Fábio Góis
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sugeriu há pouco em plenário o adiamento da sessão para instalar a CPI da Petrobras, que estava prevista para amanhã (quinta, 4). A proposta foi aceita por representantes oposicionistas diante da falta de quorum – o que, de qualquer maneira, inviabilizaria a instalação do colegiado, que investigará supostas irregularidades na Petrobras e na Agência Nacional do Petróleo. São oito os membros titulares da base, e apenas três os oposicionistas na CPI.
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“De bom grado, o PSDB aceita a proposta”, abreviou o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), ressalvando que o partido apenas aceita a mudança de data com a condição de que o governo apresente número de senadores suficiente para viabilizar a reunião plenária de instalação na próxima quarta (10), véspera de feriado de Corpus Christi.
“A bancada também aceita a proposta, conforme o entendimento”, assentiu o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), inicialmente cotado para presidir o colegiado, hipótese cada vez mais improvável desde que a base aliada resolveu comandar os postos de comando da CPI.
Neste momento, os senadores promovem em plenário a discussão dos pressupostos de admissibilidade do Projeto de Lei de Conversão 9/2009, originário da Medida Provisória 458/09, que dispõe sobre a regularização fundiária na Amazônia Legal. (leia mais)
A chamada MP da Amazônia precisa ser aprovada pelas duas Casas até a quarta-feira da próxima semana (10 de junho), quando expira o prazo de 45 dias que uma medida provisória tem para ser aprovada no Congresso, desde o envio pelo Planalto. Se sofrer modificações no Senado, a medida terá que retornar para a Câmara para ser apreciada novamente pelos deputados.
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