A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou hoje, na reunião da Comissão de Infra-estrutura do Senado, que o governo esteja utilizando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como bandeira eleitoral.
Em resposta ao senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Dilma afirmou que a assinatura de convênios e as ações do PAC não são comícios, mas celebrações. “É uma celebração fazer obras no Complexo do Alemão (RJ). É extremamente comovente e um ato de prestação de contas”, afirmou a ministra.
Convocada para falar sobre o PAC, a ministra apresentou ações e atividades em andamento de logística de infra-estrutura para as rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e aeroportos brasileiros.
Depois de expor, por mais de 30 minutos, as iniciativas e os resultados do programa, a ministra admitiu que o grande problema do PAC hoje é o cumprimento dos prazos e das metas. Boa parte das obras, que deveriam ser entregues em 2010, não ficará pronta a tempo.
“Na gestão do PAC não temos restrição de dinheiro, mas temos restrições impostas por ações judiciais, ações do Ministério Público, licenciamentos ambientais, discrepância com projetos anteriores”, afirmou Dilma, justificando o atraso na construção de dez unidades hidrelétricas previstas para a região Norte.
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Para a ministra, no entanto, o país deve comemorar a sua boa fase. Segundo ela, problemas como o apagão do setor elétrico ficaram no passado. “Estamos vendo o país começar a ser um canteiro de obras”, disse.
Nesta manhã, a oposição propôs que a visita da ministra se torne algo recorrente na comissão, devido ao fato de haver vários pontos do PAC que necessitam de esclarecimento.
Em resposta, a ministra se mostrou disposta a contribuir com os trabalhos da comissão e comparecer, sempre que possível, ao Congresso Nacional. “Vim para a reunião da comissão com o máximo prazer”, respondeu Dilma. A ministra, no entanto, só compareceu ao colegiado depois que os oposicionistas transformaram o convite, feito há mais de um ano, em convocação. (Renata Camargo)
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