O sub-relator de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), acusou a administração da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) de forjar documento relativo aos investimentos no resort Costa do Sauípe, na Bahia, que teriam causado um prejuízo de R$ 846 milhões ao fundo.
O valor supera os R$ 780 milhões que os 14 fundos investigados pelo deputado teriam acumulado de prejuízo por causa de investimentos nos bancos Rural e BMG, de acordo com o levantamento feito pelo próprio sub-relator.
No material encaminhado a deputados da base governista, a Previ relaciona documentos que mostram a interferência decisiva do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e de um dos principais aliados da família na Bahia, o governador Paulo Souto (PFL), para que o fundo de pensão bancasse a construção do resort, no litoral norte do estado. As informações estão publicadas na edição desta semana da revista Carta Capital.
ACM Neto desqualificou a denúncia, que, segundo ele, tem motivação política. “O presidente da Previ, Sérgio Rosa, está agindo como um vereador do PT, não como um dirigente de um fundo de pensão”, afirmou. Apesar de alegar que não tem como aprofundar a investigação sobre a denúncia por falta de tempo, o deputado afirmou que vai citar o caso em seu relatório, que deve ser entregue na próxima semana.
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“Se o PT tiver coragem e topar prorrogar o prazo da CPI, a sub-relatoria poderá investigar o caso mais profundamente”, disse ACM Neto. O sub-relator lembrou que a denúncia já havia sido apresentada à CPI quando foram tomados os depoimentos dos dirigentes da Previ. “Procurei fazer os questionamentos cabíveis”, declarou.
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