A acareação feita hoje entre três ex-dirigentes da Nucleos (fundo de pensão dos funcionários da Eletronuclear) deixou dúvidas “insanáveis”, segundo sub-relator de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
O deputado disse que Paulo Roberto de Almeida Figueiredo, Fabiana Carnaval e Gildásio Amado Filho apresentaram versões conflitantes e não há como saber quem falou a verdade.
Amado Filho afirmou à CPI ter ouvido Figueiredo dizer que se reunia frequentemente com o ex-assessor da Casa Civil Marcelo Sereno, que também era Secretário de Comunicação do PT para discutir, entre outros assuntos, investimentos da Nucleos. Figueiredo contestou.
“Eu nunca me reuni com Marcelo Sereno para tratar de assuntos da Núcleos”, rebateu o ex-dirigente. “Eu não sou próximo de Marcelo Sereno nem do grupo político dele”, continuou.
A CPI dos Correios investiga se a Nucleos é um dos fundos de pensão que teriam repassado recursos, por meio de corretoras, para o valerioduto. O dinheiro era supostamente remetido ao caixa dois do PT. Sereno é acusado de interferir nos investimentos desses fundos, para articular o envio dos recursos para as contas de seu partido.
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Figueiredo não integrava o grupo político de Marcelo Sereno. Mas, segundo Amado Filho, teria se aproximado do ex-assessor de entre 2003 e 2004. O ex-dirigente disse ainda que recebeu uma solicitação do petista para receber Fernando Barros Teixeira, representante da ASM Asset Management.
Amado Filho reafirmou que recebeu solicitação de Marcelo Sereno, por meio de um bilhete, para receber Fernando Barros Teixeira, representante da ASM Asset Management. Figueiredo disse que desconhece o caso, mas que se tivesse recebido o pedido atenderia normalmente.
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