O pedido para que o governo federal suspenda o repasse de verba publicitária para o SBT por causa de comentários da apresentadora Rachel Sheherazade foi visualizado no Facebook do Congresso em Foco por mais de 720 mil internautas. Este é o maior número de visualizações já atingido por uma matéria do site na rede social. A reportagem, publicada no último dia 12, conta que a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), recorreu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para abrir um inquérito para apurar se a TV e a jornalista cometeram crime de apologia e incitamento ao crime, à tortura e ao linchamento. Mais de 1,3 mil pessoas comentaram o assunto no perfil do Congresso em Foco no Facebook, sete mil a compartilharam até este momento (15h25, de 14/03). A maioria dos comentários é favorável a Rachel.
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Na representação, Jandira pede que a Procuradoria-Geral da República solicite o corte do repasse publicitário para a empresa de Silvio Santos até que as investigações terminem. Para a deputada, a apresentadora cometeu crime ao exaltar o comportamento de um grupo de pessoas que resolveu punir ao seu modo um adolescente de 16 anos acusado de cometer furtos no bairro do Flamengo, no Rio. O rapaz foi preso nu a um poste. Teve o pescoço acorrentado por uma trava de bicicleta e parte da orelha cortada. Ele só foi solto após uma moradora da região chamar os bombeiros.
Após a exibição da reportagem, Rachel disse que era “compreensível” a ação dos chamados “justiceiros” por causa do clima de insegurança nas ruas e da ausência de Estado. Ela também criticou a atuação de entidades e militantes dos direitos humanos. “Faça um favor ao Brasil. Leve um bandido para casa.” O SBT alega que o comentário é de responsabilidade da apresentadora, que diz que apenas expressou sua opinião e não defendeu a ação dos chamados “justiceiros”.
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