Alex João Costa Gomes*
O período eleitoral está cada vez mais próximo, assim os ânimos vão se aflorando e os mais ávidos tratam logo de querer apresentar trabalho, e como verdadeiros capachos começam a atuar, sendo que na maioria das vezes de forma covarde, desmedida e sem fundamentos reais e legais. Muitos aloprados disparam sobre ordem e de maneira irracional contra aqueles que são escolhidos como alvos. Alguns esquecem que cargos, assessorias e benesses políticas são transitórias, não algo permanente. Pobres imbecis esquecem que a política é uma arte: trabalhada de maneira empírica e teórica, podemos fazer a analogia com a navegação de um barco qualquer que hora navega em mar calmo e hora navega em mar revolto.
São da política ações covardes, os diabinhos e outras armações, mas é preciso ter a compreensão se queremos pagar o preço que a vida pode nos cobrar ao agirmos assim dessa maneira. É necessário fazer tal avaliação, pois a palavra carregada de mal é lançada feito uma flecha e sai cortando tudo que encontra pela frente. Os embates deveriam se dar principalmente no campo das ideias, sem o uso da emoção, com o uso principalmente da razão através dos conteúdos programáticos e de argumentos fundamentados, infelizmente por vezes isso não é o que acontece. Os energúmenos insistem em demonstrar o que têm de melhor: que é a falta de senso crítico e de sapiência, nesse sentido colocam a disposição de seus chefes e líderes um corpo prestativo, porém vazio de inteligência. Pobres imbecis, não passaram dessa utilidade pública.
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A política também é discurso, logo, a construção de discursos, a defesa desses e a desconstrução dos mesmos é uma constante nessa seara. Desconstruir discursos eloquentes não é difícil, mas isso é algo para poucos, para os que vivem a política plenamente, não para os que são guiados apenas durante três meses a cada dois anos. Os que se aprofundam no estudo técnico da política afirmam que somente 1% da população pensa a política com criticidade e vê nessa um instrumento de mudança que possa melhorar a vida da coletividade.
Somos animais políticos por natureza e não podemos fugir disso, no entanto o uso do pensar na política é para poucos, a grande maioria apenas opera e se deixa conduzir pelos que pensam e planejam a política. Ulysses Guimarães certa vez falou que em política até raiva é combinada, alguém duvida disso? Pensem sobre, pois na política não há inimigos, sim adversários, isso possibilita que o adversário de hoje seja o aliado de amanhã. Pobre do imbecil que cativa inimigos nesse campo, pois pode levá-los para a vida inteira.
Sejamos intelectuais pensantes, não escravos do não uso da sapiência nos dada naturalmente ao nascermos. Avante rumo a mais um pleito eleitoral com a certeza que o uso da cautela é sempre salutar.
Publicidade*É bacharel em história, policial militar e ex-diretor-presidente do Detran-AP