O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou hoje (25), sem fazer referências específicas, que querem “assassinar” a sua honra. "Está claro que querem assassinar minha honra. Mas não vão assassinar porque não têm provas de absolutamente nada", afirmou.
Renan é acusado de ter tido despesas pessoais pagas por um funcionário de uma construtora. Ele responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.
O senador alagoano ressaltou que já apresentou provas de sua inocência ao Conselho de Ética. "Qualquer coisa que se queira saber é preciso perguntar ao Conselho de Ética, aos advogados, aos senadores", disse. (Rodolfo Torres)
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Sibá vai procurar todos os senadores
O presidente do Conselho de Ética do Senador, Sibá Machado (PT-AC), vai procurar todos os parlamentares da Casa até encontrar um relator para o caso Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista é acusado de ter despesas pagas pela empreiteira Mendes Júnior.
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A assessoria de Sibá disse ao Congresso em Foco hoje (25) à noite que ele vai tentar achar um relator de todas as formas. Vai abordar os colegas, um por um. “Você aceita ser relator?”, disse a assessoria, ao descrever como será a abordagem. Nesta tarde, o líder do DEM, Agripino Maia (RN), pediu que um relator seja escolhido em até amanhã.
Veementemente, a assessoria de Sibá negou que ele pense em deixar o Conselho de Ética, irritado com a pressão de Agripino e com os problemas na relatoria do caso Renan. A Agência Estado cita o senador Tião Viana (PT-AC) como fonte dessa informação. Mas a assessoria do petista diz que Viana não pode ser localizado e, por isso, não confirma os fatos.
As idas e vindas da relatoria do processo contra Renan começaram com o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Depois de muitos “nãos”, foi dele que Sibá ouviu um “aceito” para tratar do caso que envolve o presidente da Casa.
Com muita pressa, em menos de uma semana, sem ouvir nenhuma testemunha, Cafeteira defendeu a absolvição de Renan. Mas seu relatório acabou não sendo votado exatamente pela falta de elementos de prova. Dias depois, Cafeteira pediu licença médica para se ausentar. Wellington Salgado (PMDB-MG) assumiu a função. Porém, abandonou o cargo em menos de 24 horas, irritado porque seu relatório, favorável a Renan, não seria votado, como aconteceu com Cafeteira.
Duas desistências
Outros dois candidatos a relator do processo de Renan também estão fora das opções de Sibá. Valter Pereira (PMDB-MS) deixou o Conselho de Ética. O motivo, segundo ele, é “se dedicar à Comissão de Constituição e Justiça [CCJ]”.
O líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou esta noite que, “definitivamente”, não será o relator do caso. Ele disse que não escolheu quem será o substituto de Valter Pereira no colegiado. Enfatizou que cabe a Sibá escolher o novo relator. (Eduardo Militão e Soraia Costa)
Senador deixa Conselho de Ética para se dedicar à CCJ
O senador Valter Pereira (PMDB-MS) confirmou hoje (25) a sua saída do Conselho de Ética do Senado. Segundo sua assessoria, Valter deixou a comissão “para se dedicar à Comissão de Constituição e Justiça [CCJ]” da Casa enquanto o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-SP), presidente da CCJ, permanece internado no Instituto do Coração (InCor) de São Paulo.
Um dos prováveis substitutos de Valter no Conselho de Ética é o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). A assessoria de Raupp não confirmou se o peemedebista será membro do Conselho de Ética e, caso aceite ser, se será o relator do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por quebra de decoro parlamentar. Renan é acusado de ter tido despesas pessoais pagas por um funcionário de uma construtora.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), cobrou hoje que um relator para o processo seja indicado até amanhã pelo presidente do colegiado, senador Sibá Machado (PT-AC). (Rodolfo Torres)
Caso Renan: DEM quer relator até amanhã
O senador José Agripino (RN), líder do DEM no Senado, afirmou há pouco na tribuna da Casa que o senador Sibá Machado (PT-AC), presidente do Conselho de Ética, deve indicar um relator para o processo contra o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), até amanhã (26).
O alagoano responde a um processo no Conselho de Ética do Senado por ser acusado de ter tido despesas pessoais pagas por um funcionário de uma construtora.
“Nós estamos nesse momento travados pela ausência de um relator”, afirmou o Agripino. O senador portiguar também declarou que se Sibá não designar um relator até amanhã, ele convocará uma reunião de líderes partidários para solucionar o caso. “Tomarei iniciativa de convocar os líderes para uma reunião para que possamos fazer a nossa obrigação”, disse o líder do DEM.
Agripino também criticou a sugestão de se criar uma comissão composta por três relatores . Para ele, é necessário que o Senado analise o caso antes do dia 15 de julho, data do início do recesso parlamentar. (Rodolfo Torres)
Bornhausen: "Renan deve renunciar à Presidência"
O ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen (SC), disse ontem (24), em entrevista à TV Bandeirantes, que, para seu partido, já passou da hora de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pedir afastamento do cargo. Agora, a única solução seria o alagoano renunciar à presidência.
Utilizando a metáfora que mais tem sido repetida desde as primeiras denúncias contra o senador, Bornhausen constatou que o "Senado está sangrando"."E só poderia ter impedido isso o próprio acusado, o presidente Renan Calheiros, se tivesse se afastado, imediatamente, e se colocado à disposição do Conselho de Ética para apresentar a sua defesa e para ser julgado. Agora, eu acho que o afastamento já é pouco. Ele deve renunciar ao mandato que tem de presidente do Senado e se sujeitar ao Conselho de Ética", afirmou.
Para o catarinense, se Renan, acusado de ter aceitado que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagasse a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso, não